quarta-feira, maio 05, 2010

1 Kawasaki em Oiã

Quando tinha 16 anos quis ter uma mota. Imaginava-me já a chegar à praia no meu potente motão Kawasaki a sacar cavalinhos, tirar o capacete num movimento sexy e entrar praia adentro com duas mamalhudas debaixo de cada braço.
Reparem, eu tinha 16 anos e era virgem. Uma mota representava não só um meio de transporte, mas também um modo de engatar miúdas.
Por alturas do meu aniversário implorei, chorei, ajoelhei, mas os os meus pais não me deram sequer uma Scooter abichanada.
Segundo a minha mãe, o mais provável era eu estampar-me na curva seguinte e ficar desfigurado. Segundo o meu pai, era uma forma fácil de engravidar uma miúda qualquer (esperto o velho).
Contas feitas disseram que se quisesse, podia ficar com a mota antiga do meu pai.
Uma Casal azul clara e preta.
Orgulhoso saí à rua, montado num chasso mais velho que a Sé de Braga (na verdade acho que a mota já era mesmo herdada do meu avô) e sem saber como travar. Planeava ir ter com uns amigos, fazer uma entrada triunfal com a mota a rugir testorena.
Acelerei uma vez, a mota fugiu-me e eu caí de costas no chão.
Nesse dia não consegui sequer ir à matinés da discoteca de Oiã (esta terra existe mesmo, google it!).
2 anos mais tarde tirei a carta de carro.
E perdi a virgindade.
Finalmente.

13 comentários:

micose_ou_mifrita disse...

Mandar a queca em cima da casal, isso é que era de Homem. Ainda por cima azul clara.

Nunca tinhas falado do teu passado como motociclista. Percebe-se porque...


Mas deixa lá, quando estiveres na crise dos 40 (um dia destes,portanto) esse desejo de ter 100 cavalos a "rugir" entre as pernas há-de voltar.

mónica disse...

eu lembro me que a primeira vez que peguei numa mota, foi numa famel muito velha e enferrujada...ao primeiro sinal de alarme quis travar a mota mas com a emoção e adrenalina bloquei e nem me lembrei que aquilo tinha travões como as biciletas, o que eu fiz então no momento de pânico? simplesmente rodei a chave e desliguei a ignição! o resultado não foi muito bonito como deves imaginar... (true story!)

Anónimo disse...

que bela homenagem às Belas Artes!

Anónimo disse...

Mónica, em relação ao relato sobre a Famel, deixo aqui uma sugestão http://www.myspace.com/lauropalma - famel.
Aguardo reacções!

Maria Inês disse...

(ah, de salientar que isso é provável, uma vez que o carro, além de meio de transporte e de engatar as miúdas ainda dava para perder a virgindade lá dentro... não?) lololol

Maria Inês disse...

lololol
Mas olha que hoje a casal azul e preta, arranjadinha...tinha mais pinta!! ;)

kiss kiss*

Malena disse...

Um carro é o ideal para perder essa tal de virgindade! Mas...perdeste-a para sempre?

mónica disse...

ao anónimo agradeço a sugestão que me deixou, fiquei agradavelmente supreendida e já fiz uma referência à banda no meu blog!

a ti robene, tenho que agradecer-te porque para além do teu blog ser uma boa distração é também um portal de divulgação de novidades :)

acho que devias pôr o blog a render!

R. disse...

Então seremos quase vizinhos, homem... E sim, eu confirmo que Oiã existe :)

L.H. disse...

Oiã existe sim! E fica aqui mesmo ao lado! :)

Miss Dreams disse...

Essa terra existe mesmo que a casa dos meus ricos paizinhos é nessa santa terrinha e morei lá 15 anos da minha vida!

jonhy disse...

AINDA ME LEMBRO DE TER VER POR LÁ (BELAS ARTES) A COMEÇAR A DAR AS PRIMEIRAS PASAS E BEBER UNS COPOS..
QUEM DIRIA "O ROBENE".

Anónimo disse...

Ó "Robene" também andaste na C+S de Oiã???
Boa terra...