quinta-feira, março 24, 2011

Censos 2011

Estou bastante desconfiado deste Censos 2011.
Tenho para mim que o questionário foi feito por alguma das minhas ex-namoradas...
Mas que raio de perguntas são estas?

Pergunta: Estava em casa à meia noite do dia 21 Março?

(O quê? Que raio de estatística é esta?)

E continua:
Se responder afirmativamente, diga-nos: estava com homens ou mulheres? E quantos/as?

Ora, se eu organizo bacanais em minha casa, à meia noite do primeiro dia de Primavera, parece-me que é apenas da minha conta. E não estou ali a ver a categoria de Transexuais, o que me dificulta bastante a resposta.

O questionário prossegue... Há perguntas sobre a minha retrete (não é sanita, é retrete!), prestação da casa e número de pessoas que vivem comigo.
Não estou bem a ver a linha orientadora deste questionário, mas cheira-me que as estatísticas vão aparecer na revista Caras.

terça-feira, março 22, 2011

Roy Bon

Quero uns Ray Ban. Quero desesperadamente uns óculos Ray Ban daqueles estilosos, que me farão igualzinho ao James Dean, de cigarro (electrónico) na boca e olhar perdido (mas sem a morte aos 24 anos e os rumores de homossexualidade).
Seja como for não estou para desembolsar com 135 euros pelos ditos cujos, pelo que me fui aventurar pelo excelente mercado de leilões da net.
Aparentemente tudo pode ser adquirido na net em leilões, por metade do preço. Ele há relógios Fossil, iPods, pólos Fred Perry, calças Levi's, e uma quantidade inacreditável de óculos Rayban...Por 30 euros.
Escolho lá o belo do óculo e tento determinar pela fotografia meio escura e desfocada se o produto é de confiança: Parece-me que os óculos dizem Roy Bon e são feitos de papel, mas por 30 euros estou disposto a arriscar. Quando confrontado com as minhas observações o próprio vendedor descansa-me dizendo que o produto foi roubado de uma carrinha em Espanha, e que vem na caixa original. Ora se foi roubado então a mim parece-me bem!

Se tudo correr bem, passarei a comprar toda a minha roupa e recheio de casa pelos leilões da net.

quarta-feira, março 09, 2011

Apaixonado

O meu iPod foi com o caralho.
História trágica: o meu colega de casa acaba de fumar um cigarro, apaga-o (mal), deixa-o à beira do cinzeiro. Seguidamente o cigarro rola para cima do visor do meu iPod, e enquanto queima o meu belo leitor de mp3 eu rio-me à boca aberta na sala enquanto enfardo um Chocapic com leite sem dar por nada.
Quando dou conta do acontecimento tenho vários sentimentos em mim: por um lado apertar o pescoço ao D. Por outro lado dar-lhe um grande abraço, porque finalmente tenho desculpa para comprar um iPod touch.
O iPod touch é uma coisa maravilhosa. Reformulo: o iPod touch é a melhor coisa do mundo. Já tive sexo que me deu menos prazer que este belo quadradinho multimédia.
Basicamente agora não faço mais nada senão downloads de apps, especialmente desde que o M. me crackou o aparelho e agora tenho tudo à borla. Por outro lado vivo no medo que mo roubem ou que algum cigarro malandro rebole para cima do meu mais que tudo. Durmo com ele ao lado da cabeceira, de manhã quando acordo olho delicadamente para ele, dou-lhe um beijo de bons dias, e meto os phones nos ouvidos, depois de uma leve carícia no metal frio e ao mesmo tempo caloroso.
Confesso, acho que estou apaixonado.

segunda-feira, março 07, 2011

um siso, dois sisos, três sisos, quatro sisos

Lembram-se do meu siso de há uns posts atrás? Bem, a história continua...
Há um mês atrás fui a uma consulta aos HUC:

Médico: Robene, essas dentuças estão complicadas. Tens os sisos todos fodidos. (O palavreado não foi exactamente este, mas no fundo era o que queria dizer).
Robene: E agora?
Médico: Agora tenho de te tirar o dente, mas por cirurgia.
Robene: Mas por cirurgia mesmo? Não dá simplesmente para o arrancar?
Médico: Não. Corremos o risco de te lesionar o nervo. Nesse caso ias ficar sem sensibilidade no lábio.

(Robene já a imaginar cenas de terror: a beber cerveja que imediatamente escorre pelo lábio fora ou a beijar uma boazona com o lábio a pingar baba. E também não deve dar muito jeito para comer.)

Robene: Ok, ok convenceu-me Doc. Não quero parecer o meu vizinho do lado depois de ter tido um AVC.
Médico: Vai ser anestesia geral. E tratamos já dos 4 sisos.

Tenho medo. Tenho muito medo.
Primeiro que me apalpem enquanto esteja sedado na mesa de operações. É um medo que tenho desde que vi um documentário de um dentista que fornicava (nota mental: usar a palavra fornicar mais vezes) as doentes enquanto elas estavam anestesiadas. Se me doer o rabo quando acordar da operação processo o hospital.
Segundo, porque vou passar 15 dias a comer papinhas Nestum com dores excruciantes, a cuspir sangue e com a minha bela fronha inchada. Logo em Março, que o calor volta e eu gosto de me ir passear para os corredores do Continente, engatar gajas na secção de produtos Gourmet.

Há por aí algum dentista que me ajude?

terça-feira, março 01, 2011

Cigarro Electrónico

Depois do Butterfly Abs, o aspirador que aspira sozinho, a máquina de descascar batatas e o extensor peniano, decidi comprar outra maquineta que apesar de todos os testemunhos abonatórios não serve para absolutamente nada.
Sim, decidi arrotar com 60 euros e comprar o cigarro electrónico.
Isto depois de ver um Johnny Depp muito cool no «Turista» a fumar o dito cujo, com a Angelina Jolie obviamente mesmerizada com o gadget tecnológico.
O cigarro electrónico (vulgo e-cigar) consiste numa bateria e nuns cartuchos, que têm a forma de um cigarro. A semelhança com o cigarro acaba aqui, uma vez que o E-cigar pesa para aí um quilo e tem de se puxar o fumo (perdão o vapor de água) até ficar com a jugular a pulular no pescoço. No entanto tem um LED que fica vermelho cada vez que se trava o vapor, e estou já a pensar oferecê-lo à minha sobrinha de 7 anos como prenda de aniversário. Os miúdos adoram coisas que acendem e apagam.
As dosagens de nicotina variam entre baixas a altas, sendo que quer a baixa quer a alta me deixam com vontade de fumar um maço de Camel de assentada.
No café faço um verdadeiro sucesso. Primeiro as pessoas pensam que estou mesmo a fumar um cigarro. Depois de uma observação mais cuidada, pensam que acabei de sair do Júlio Matos, e que a seguir vou snifar uma linha de farinha Maizena.
Na verdade, lembro-me de há uns anos atrás ter ficado sem tabaco e improvisar um cigarro feito de papel higiénico e folhas de chá de hortelã.
Acho que sabia melhor que este cigarro electrónico.

Óscares 2011

Durante muitos anos fui um fiel seguidor dos Óscares. Fiquei os últimos 7 anos acordado até horas indescritíveis para ver o que podia ler passado 5 horas.
Ontem não foi excepção.
Arrependido?
Bem, tivemos um apresentador janado (James Franco), que basicamente só faltou snifar uma linha de coca em cima da estatueta do Óscar, uma apresentadora (anne Hathaway)que só faltou fazer malabarismos com bolas de circo, um Kirk Douglas que por pouco não apresentou um Óscar e apareceu na parte do In memoriam (já agora umas legendas para entender o que dizia o homem não era nada mau) e a Celine Dion a cantar. Ah, e ganha-me o Discurso do Rei.
Para o ano, cheira-me que a minha figura não vai dar audiência.