segunda-feira, outubro 23, 2006

Viagens na minha terra

Os povo Português é um povo peculiar. E não apenas porque temos todos um metro e meio, e somos uma mistura (que correu mal) de monhé com latinos. São os nossos costumes que nos fazem, bem, umas aberrações. Vejamos alguns casos:

1. Enquanto que na maioria dos países industrializados (leia-se nórdicos), toda a gente quer chegar em primeiro lugar aos compromissos marcados, em Portugal é o exacto oposto. Quem nunca foi o primeiro a chegar ao restaurante para jantar? De repente é-se invadido pela humilhação! 'Oh não, fui o primeiro!'. Segue-se a inglória situação de ter que esperar sozinho numa mesa, enquanto que as pessoas do lado o olham com escárnio como que a dizerem 'Olha o Chico esperto, foi o primeiro a chegar.' Só um PortuguÊs entende o quão humilhante é ser o único a chegar à hora marcada.

2. O Português conduz como se tivesse acabado de meter ácidos ao mesmo tempo que está a ter uma crise de esquizofrenia. Mal o semáforo dos peões passa de verde a vermelho, já começa a apitar, resmungando com o condutor de Domingo que está à sua frente e que quase de certeza que é uma mulher (ou se for homem, não é do Benfica). Depois acelera, qual Dino depois da snifadela de coca, ultrapassando pela esquerda, pela direita, vociferando caralhadas a toda a gente que se atravessa á frente ou que ousa hesitar em pisar o acelerador a fundo. Finalmente quando chega a casa, fica meia hora a falar com a vizinha da frente, outra meia hora a fumar um cigarrinho até se decidir a ir dizer olá à mulher.

3. O verdadeiro Tuga não lava as mãos depois de mijar. Muito especialmente se em vez de uma toalhinha para as limpar só existe aquela merda daqueles secadores em que ficamos meia hora a esfregar as manápulas uma na outra para acabarmos por limpar as mãos ás calças.

quinta-feira, outubro 12, 2006

E agora?

O meu microondas avariou. Alguém me relembra como é que se aquecia leite na pré-história?

segunda-feira, outubro 09, 2006

Café dos tristes

Têm-se repetido cada vez mais. Vamos para o café, olhamos uns para os outros, falamos das velhas que apareceram na farmácia e não pagaram e dos homens que foram comprar Viagra, mas em vez de o pedirem pelo nome pedem pelos comprimidos azuis. E depois vamos para casa dormir, que no dia a seguir acorda-se cedo. É isto ser adulto?

Gente trabalhadeira

O primeiro dia de trabalho é tão importante como o dia em que ficaste a saber que afinal aquela coisa vermelha que pululava no meio das tuas pernas era herpes genital. Tive esse prazer (o do trabalho, não o do herpes) exactamente na passada segunda feira. É verdade, fui apresentado a esse maravilhoso mundo que é o mundo da farmácia. Para começar fui recebido pela equipa técnica lá da farmácia. O pessoal olhou para mim como se tivessem acabado de engolir uma patanisca de bacalhau com 3 meses. De seguida percebi para que serviram 5 anos de estudo na faculdade: ordenar caixas de medicamentos por ordem alfabética. Confesso que ainda tenho algumas dúvidas sobre o que é que vem primeiro, o N ou o M. Gosto principalmente da directora técnica, uma coisa híbrida que parece a Manuela Moura Guedes, mas com ar de pessoa viva. Esta semana não parou de me ensinar coisas úteis como ‘Saia da frente que está a atrapalhar’ ou ‘Agora não tenho tempo, não vê que estou ocupadíssima?’.
Mal passo esperar pela próxima semana.