terça-feira, fevereiro 28, 2012

Óscares 2012

Não consigo perceber como é que a organização dos Óscares quer cativar público mais jovem... Ontem foi a cerimónia mais fastidiosa a que assisti a toda a minha vida. O Billy Crystal meteu botox em todos os pontos da cara, o Tom Cruise idem idem aspas aspas, e só me ri quando um dos gajos do Circo du Soleil (ou cirque du soleil, eu sei lá!) caiu de cú em cima de outro. E acho injusto a perna da Angelina Jolie não ter ganho o Óscar de melhor actriz. Mas pronto, segue-se a minha apreciação super fiel de todos os nomeados a melhor filme:

O artista: Adormeci a vinte minutos do fim. Eles cantam e dançam, mas como é mudo só conseguia ouvir-me a mim próprio a mastigar pipocas. Parece que havia um cão pelo meio, que merecia mais o Óscar que o Jean Dujardin, que já agora tinha dinheiro suficiente para alinhar a cremalheira.

Os descendentes: Adormeci 5 minutos depois do genérico. Esperem aquilo tinha genérico? George Clooney, a mulher mete-lhe os cornos e fica em coma. Agora vamos fazer uma história de duas horas sobre o nada.

War Horse: Há um cavalo, há umas guerras, há mais cavalos. Poderia ser um porno, mas é só chato que fode.

Extremamente alto, incrivelmente perto:...e absolutamente chato se me permitem.

As serviçais: Há umas pretas oprimidas e alguém come uma tarte com merda. As mamas da Jessica Chastain valem pelo resto do filme.

A árvore da vida: A árvore da vida merece um post só para si. É o pior filme que vi na minha vida. Temos close ups das caras dos actores, há dinossauros no meio de uma história de família que se resume ao Brad Pitt a dar umas lambiostinas aos filhos. No final toda a gente aparece na praia, e há um campo de girassóis que é filmado durante meia hora. Parece estranho? É capaz, mas isto foi só o que apanhei nos intervalos de jogar angry birds no telemóvel.

Meia noite em Paris: Tem o Owen Wilson, o pior actor da história do cinema. Podia ser um bom filme. Mas tem o Owen Wilson.

Hugo: Não vi. Não quero ver. Não me parece que o veja.

Moneyball: É um filme sobre basebol. Perto disto, um filme sobre o cultivo de batatas na Jamaica parece-me mais interessante.

E o Drive, ficou-se por uma nomeação...

sexta-feira, fevereiro 17, 2012

Lana del Rey...morre.

Enquanto jovem investigador a minha vida não podia ser mais excitante. Sei que este é um mundo por explorar para o comum dos mortais. Que fazem os jovens investigadores? De que falam as mentes mais brilhantes deste país? Quantas horas passam estes mártires da sociedade enfiados nos seus gabinetes partilhados por pelo menos 12 pessoas? A vossa curiosidade vai ser satisfeita.

Um dia na vida de um jovem investigador:

13h00: Jovem investigador Robene acorda.
13h30: Robene sai da cama. Hora do café da manhã (ahaha) e cigarros.
14h00: Almoço nas cantinas sociais. Normalmente frango. Comentar com os outros jovens investigadores o quanto a Lana del Rey é a coisa mais chata que apareceu nos últimos tempos. Mas que parece ter uma boa boca para o broche. Mais café. E cigarros.
15h00: Finalmente chega-se ao gabinete. Primeira pausa para café e cigarros. Alguém refere que a Lana del Rey na verdade chama-se Elizabeth qualquer coisa. Hipster do caraças. Pausa de dez minutos na internet a procurar fotos no google com as palavras Lana de Rey + mamas + broche.
15h30: Um pouco de trabalho. Não consigo parar de pensar na boca da Lana del Rey.
16hoo: Nova pausa para café e cigarros.
16h30: A M. refere que está com taquicardia por causa de tanto café que bebeu.
17h00: Pausa para café e cigarros. Eu monto-me em cima de um monte de jornais do médico e alguém tira uma foto enquanto eu simulo sexo anal com a contracapa de uma edição de 1952. Alguém descobre um artigo sobre cirurgias plásticas em vaginas. Uma coisa leva à outra e acabamos no youtube a ver vídeos da Lana de Rey.
18h00:Hora do pânico. A V. chora que nunca vai conseguir acabar a tese. O Z.C. descobre que as digitalizações da semana passada desapareceram do cartão de memória. Toda a gente decide fazer mais uma pausa, desta vez só para cigarros. Eu tenho uma extra-sístole, mas não tenho a certeza se é do café ou de ter pensado demasiado na Lana del Rey.
18h30: Todos vamos embora. Mais um dia de trabalho duro se avizinha amanhã.

Algumas semanas depois:
Orientador: Robene, está super atrasado na tese! Eu tenho-o visto todos os dias no gabinete, o que se passa?

terça-feira, fevereiro 14, 2012

Back from the dead

Numa das minhas últimas idas ao club nocturno Afrodite, um club dedicado a...hum...jazz contemporâneo, a Marineuza, exímia tocadora de flauta transversal, perguntou-me na sua voz sexy brasileira: Robene, você não tem mais postado no seu blog não. Que passa? Já estou farta de ler Dostoievsky nas pausas de meus shows de table-jazzing. Quero ler algo novo seu sim?
Apesar de estar a pagar à hora à Marineuza e de imediatamente a ter mandado calar e continuar a tocar na flauta, efectivamente fiquei pensativo.
A verdade caros leitores é que tenho andado sem inspiração. Estou com um writer's block. A Marineuza explicou-me que quando fica bloqueada vai à farmácia comprar uma bisnaga de KY, mas eu suspeito que lubrificar o instrumento não me vá ajudar em nada.
Não tenho recebido bilhetinhos de vizinhas mamalhudas, não tenho recebido propostas sexuais duvidosas (as quais aceitaria num piscar de olhos), nem sequer tenho trabalhado o suficiente para vir mandar umas postas de pescada.
A Marineuza olha para mim de olhos tristes, marejados de lágrimas e com a flauta na mão.
Olho-a com doçura e sei que não posso desiludir as milhares de Marineuzas que por aí andam, a chorar o triste silêncio do seu mentor, Robene. Enquanto Marineuza tocar sua flauta, Robene escreverá suas crónicas.

Estou de volta caros leitores.