quarta-feira, março 31, 2010

Classificados

Recém licenciado com bumbum apetitoso. Boca gulosa e língua marota. Primeira vez em Coimbra. Discreto, atendo ao domícilio.

A forma de pagamento serão bilhetes para os U2 em Outubro. Acabei de saber que Interpol vão fazer a primeira parte!

sábado, março 27, 2010

Madrid me mata...parte 3








Prado? Rainha Sofia?

Os espanhóis dormem a sesta, fumam em todo lado, não lavam as mãos depois de mijar e os restaurantes têm o chão mais nojento que a minha antiga casa. Sim, há um espanhol dentro de mim.

E já vos disse que o que ele mais gostam é FIESTA?
Ah, sim, foi isto que viémos fazer a Madrid!
Madrid me gusta...mucho!

Madrid me mata...parte 2

Depois de uma tarde frustrada no Prado, chegámos à conclusão que se calhar gostamos mais de arte contemporânea...Seguimos para o museu Rainha Sofia...

Eu a olhar para três paletes de madeira no chão.



Eu a admirar a incrível estética de um estendal de meias.




Uma das obras mestre da exposição, um triângulo de alumínio.




Eu a imitar um cão, numa projecção de um filme qualquer super artístico.

Hum...se calhar museus não são bem para nós...Mas então...que raio é que viémos fazer a Madrid?

Madrid me mata...parte 1





Museu do Prado. Terça Feira, 23 Março. Depois de ver este quadro a minha vida mudou para sempre. Aí está, a Virgem Maria, a esguichar um jacto de leite da mama para a boca de um santo qualquer. E toda a gente me dizia que o Museu do Prado era uma seca. Na verdade até era. Foram duas horas exasperantes a ver centenas de quadros de Cristo crucificado, e apenas um em que a Virgem Maria mostrava os atributos. 8 euros só para Softcore...

Padres ao volante

Não vos vou ainda deliciar com a fantástica descrição destas férias em Madrid. Deixem-me só dizer-vos como acabou: eu e o G., num carro com três padres a virmos do aeroporto. A 300 km/hr num Opel Corsa de 1990. E a embatermos nuns pins de sinalização que separavam duas vias.

Sim, foi mesmo assim que acabou.
Agora imaginem o ínicio.

domingo, março 21, 2010

Aeroplano

Nunca fui grande fã de andar de avião.
Por norma escolho sempre os lugares junto à coxia, com o terço nas mãos e procuro ver se existem bébés de colo e crianças de tenra idade. É um alívio saber que se o avião cair, há-de haver sempre alguém que viveu menos que eu.
Ultimamente a coisa piorou. Nas últimas viagens tenho de ir sempre drogado, pelo que quando fui para Budapeste estava tão relaxado que não conseguia parar de me rir. As pessoas olhavam para mim, e eu com os olhos ganzados, cremalheira de fora (que é coisa que tenho muito), um ar de quem acabou de mandar uma linha de coca na casa de banho. Não foi o caso...dessa vez pelo menos.
O G., quase sempre o companheiro de viagem é um gajo que me acalma imenso. Mal abanca o rabo esquelético adormece imediatamente. Não tenho tempo sequer de dizer: MEU DEUS G., ESTOU QUASE A BORRAR-ME DE MEDO. A meio da frase, ele já está no sono REM.
Uma vez numa viagem de 16 horas de autocarro, de Montenegro para Belgrado (reparem, um autocarro dos anos 60, num país quase ainda em guerra, pelo meio do mato e a chover torrencialmente) o G. dormia profundamente, e eu gramava um montenegrino de 160 kilos sem poder sequer pousar o cotovelo no descanso, que estava partido.
Isto tudo para dizer que daqui a umas horas estarei num avião, tendo como única companhia o meu Xanax 0,5.
Antes de entrar, a primeira coisa que vou fazer é contar as crianças de colo na fila do check in.

Guernica

Lo dia porque tanto temia ha llegado.
Manana voy a passar 4 dias em Madrid com un amigo.
Mi espanol es perfecto. Planejo conocer muchas chicas e beber mucha cerveza.
Estoy tambiém treinando la frase «Onde fica a casa de banho?» em español (donde está lá toilette?).
E vou a googlar preservativo em español!

Tchau tios, até daqui a 4 dias!

sábado, março 13, 2010

Dr

Estou a ter um ataque de pânico.
Amanhã vou fazer uma pequena apresentação sobre a minha tese de doutoramento no centro de investigação do qual sou membro.
Hoje mesmo passei o dia a ouvir os resumos das teses dos outros doutorandos. Juro por Deus que não percebi pelo menos 95% delas. Porque é que as pessoas insistem em usar palavras como imagética, idiossincracia, pictórica? Fui já comprar o meu dicionário de bolso da Porto Editora.
Achei por isso melhor fazer um «upgrade» da verborreia que amanhã vou cuspir. Não quero que alguém consiga entender o que vou fazer do meu doutoramento. Quero que as pessoas saiam de lá a pensar que eu falo extraordinariamente bem, embora não saibam exactamente sobre o quê.
Outras problemáticas me assolam o espírito: A apresentação é depois do almoço...Terei os dentes limpos? Pelo sim pelo não, não vou comer alface. Será que ir de sapatilhas me dará um ar de jovem investigador fashion ou pelo contrário de drogado que não sabe empregar palavras caras em apresentações? Será que devia ter feito o Powerpoint com letras em cor de laranja? Será que alguém vai topar que o máximo que ainda fiz foi pesquisar artigos na Net enquanto via episódios de Family Guy online?

Caríssimos, amanhã é o dia D. D de dúvidas.

sexta-feira, março 12, 2010

The National

Alligator.
Boxer.
Em Maio será o High Violet.
Não posso pedir muito mais.

Sport Zone, o desporto do futuro

Roubaram-me os calções de banho nos balneários da natação.
Isso mesmo. Enquanto esfregava alegremente o rabo alguém punha as manápulas nos meus lindos calções azul-petróleo.
Um conselho a esse ladrão-fetichista: lava bem o raio dos calções, que me andam a aparecer pintas esquisitas em zonas delicadas.
Adiante...
Tive de ir à Sport Zone adquirir outros calções.
Não tenho boas recordações da Sport Zone. Da última vez que lá fui o alarme de incêndio disparou, e enquanto toda a gente berrava e se atropelava (incluindo eu), os funcionários riam-se muito e apontavam para os pobres infelizes prestes a morrer de inalação de fumo . Acho que não havia nenhum incêndio na verdade, mas só parei de correr já estava a chegar a Santo António dos Olivais. Tenho horror a morrer queimado.

Lá chego eu, secção de Natação. Parece que não há muito homem adulto a praticar natação, porque só consegui encontrar calções para miúdos dos 7-10 anos. Por muito me me tentasse encolher havia sempre um tomate malandro que saía pelos lados.
Decidi pedir ajuda...
Robene: Precisava de ajuda...
Funcionário: NÃO É A MINHA SECÇÃO!!!!
Pergunto a mais dois empregados, que me respondem quase a gritar que não é a secção deles, e que além disso o meu tamanho deve estar algures por lá, eu é que não devo andar a ver bem. Um deles parece-me que disse mesmo: «Ó vesgueta, troca mas é as lentes.»
Na verdade ir às compras à Sport Zone é por si só um desporto, uma vez que passei o resto do tempo a vasculhar uma pilha de calções do tamanho da Serra da Estrela e saí de lá exausto (e sem calções, embora tenha encontrado uma sunga que remotamente me cobria a tomatada).

Amanhã vou à Decathlon.

sexta-feira, março 05, 2010

A origem das espécies

(Biologia animal)

Quando andava na faculdade trabalhámos em algumas aulas com uns ratos chiques. Eram tão chiques que além de brancos nem se chamavam ratos. Chamavam-se murganhos. Além do nome impronunciável, os murganhos comiam sem parar se tivessem sempre comida disponível. Só faziam bem, porque o destino era invariavelmente serem objecto de experiências na generalidade mal sucedidas por alunos do segundo ano que ainda fediam a álcool da noite passada.


(Biologia Humana)

Lembrei-me disto porque no sábado passado fui com 4 amigos ao rodízio. O Rodízio é o sítio ideal para se provar a virilidade. A quantidade de comida que um macho humano consegue comer é obviamente equivalente ao tamanho da respectiva pila. Por isso, eu fui de longe o que comi mais. Aliás, quando saí de lá, nem conseguia andar pelo próprio pé. Tinha os botões das calças desapertadas, e um bocado de banana frita a tocar-me a amígdala. Arrotava a picanha que doía.
A conversa rondou o esperado. Assim ficámos a saber que:
a) A Ruth Marlene mostrou os atributos na Playboy por 850 euros.
b) Toda a gente concorda que até a pachacha da Ruth Marlene, lugar solitário e com infiltrações merece uns tostõezitos a mais que isso.
c) Demasiada carne provoca flatulência. Surge a ideia de inventar um dispositivo, tipo tampão, que se insere analmente absorvendo os odores nefastos do metano e soltando leves puffs a cheirar a frutos do bosque. Esta invenção será conhecida como PeidFree, ou PeidiLax e far-nos-á ,no espaço de dois meses, absolutos milionários. Resta saber quem é o público alvo.
d) O Benfica ganhou.
e) Há mais casas de putas em Coimbra do que aquelas que eu conheço.