segunda-feira, novembro 29, 2010

http://www.facebook.com/home.php?#!/pages/Xarope-pa-tosse-os-fas/128389310544966?v=wall

Caríssimos parece que tenho uma página de fãs no Facebook.
Não, não fui eu que a fiz, e fico um bocado irritado de não ter tido esta ideia de auto-promoção descarada.
Para a(s) pessoa(s) que se deram ao trabalho de a fazer: Não têm mais nada para fazer na vida?
Ah...e Obrigado!

sábado, novembro 27, 2010

Kaiser Chiefs - Ruby




Há uns anos atrás, era eu um jovem maluco e andava aí na noite, saiu esta música dos Kaiser Chiefs.
Reparem que eu era um jovem muito popular, o top dos topes. E de repente criou-se um culto: De cada vez que a música passava na discoteca durante o refrão, era ouvir um coro de vozes: Robene, Robene, Robene, Robene!!! uãuãuãããããã!!!! ( Trocadilho com a Ruby do refrão, para os incultos musicais)
E o Robene ria-se enquanto um grupo de pessoas o levantava em braços, toda a gente gritava e era a loucura total. De seguida eu pagava uma rodada de copos a toda a gente, razão pela qual a Via Latina fechou depois de eu deixar de lá ir.
Ora ontem, estava eu no mui badalado Noites Longas, e que música passa? Ah pois é!
Viro-me para o M. e grito: M. é a minha música!
E o M. fica histérico, começamos numa orgia de passos de dança, preparados para a loucura que ia ser o refrão. E chega o refrão e...eu e o M. gritamos a plenos pulmões: ROBENE, ROBENE, ROBENE, ROBENE!!!UÃUÃUÃÃÃÃÃÃ...
E depois veio o segurança pedir para nos calarmos e nos comportarmos, enquanto uma multidão de gente olha para nós e pensa que estamos sob o efeito de ácidos.
Desde quando é que eu deixei de ser o rei da noite?

quinta-feira, novembro 25, 2010

A espiral da inércia

Ando sem inspiração nenhuma para escrever no blog.
Desde que me tornei bolseiro, os episódios caricatos da minha existência acabaram. E os quilos começaram a acumular-se perigosamente na zona que carinhosamente chamo de pegas do amor.
Não faço mais nada senão dormir. Depois levanto-me, rebolo até ao sofá onde vejo o «Agora é que conta», apresentado pela Fátima Lopes (sim, eu acordo tardíssimo), um programa destinado a pagar contas a pessoas caloteiras que aparentemente não têm dinheiro para pagar 50 euros de gasóleo mas têm uma Pandora no pulso. Segue-se uma nova sestinha, que o Robene fica muito cansado de esforçar a vista a ver a Fátima Lopes a arruinar a carreira.
Posso, em dias de extrema energia, ler um ou dois artigos. Na loucura até ligo ao meu orientador onde faço de conta que já comprei a bibliografia toda que o homem me mandou ler. Na verdade ando a sacá-la pela net, e descobri que o google books é o meu site favorito a seguir ao youporn.
Voltei a viciar-me em dardos, portanto passo grande parte da noite como M., em campeonatos com velhos de bigode e que trazem as suas próprias setas em malinhas de couro.

Meu Deus, se me tivessem dito que isto é a vida de um bolseiro, não tinha demorado 4 anos a pedir o raio da bolsa.

domingo, novembro 14, 2010

Brasucas

No outro dia saí à rua e pensei que estava no Rio de Janeiro.
Não, Coimbra ainda é uma cidade segura sem gajas desnudadas a passear pela rua (excepto na primeira semana de Maio), mas esta merda está a ser totalmente controlada pelos brasucas.
No café atende-me um brasileiro. Na rua ouço só brasileiros. No Jumbo tenho atrás de mim na fila pelo menos uma favela inteira de brasileiros.
E depois apercebo-me da razão.
Vocês já alguma vez usaram uma cabine de telefone pública? Não, pois não?
Mas já repararam que cada vez que passam por uma cabine de telefone pública, invariavelmente têm lá um brasileiro a falar com a mãe, com o pai ou com a prima? Não há um único português que use um telefone público (pelo amor de Deus, todo o português tem no mínimo três telemóveis, e quem recebe o Rendimento Social de inserção até tem quatro!)

Conclusão: É a PT que está a importar os brasileiros para Portugal!

sexta-feira, novembro 05, 2010

Bloc Party - Two More Years

Tenho saudades dos tempos do Silent Alarm. É, para mim, um dos melhores álbuns dos 00's. Depois os Bloc Party pegaram em sintetizadores e fizeram músicas boas para por a malta a alucinar com cogumelos. Sem precisarem de cogumelos.

Higiene(s)

Demoro bastante tempo a tomar banho. Quando me meto no duche é coisa para durar meia hora pelo menos.
Há todo este cabelo sedoso para lavar, esta cara linda para ser esfoliada, todo o material a ser bem higienizado. Se vivesse na Venezuela, estava portanto fodido.
Toda a gente sempre se exasperou com o tempo que passo na minha higiene corporal.
Amigos: Foda-se Robene que a gente somos bem educados, mas tu demoras tempo a tomar banho como o caralho.
Robene: Então? Tenho de esfregar bem a cabeça, as pernas...
P. (espécime masculino.): As pernas? Tu lavas as pernas?
Robene: Sim...
P. (espécime masculino altamente badalhoco): Eu só meto sabonete no peito. Depois deixo escorrer.

Ora por esta ordem de ideias, passo apenas a colocar gel de duche no pescoço, que depois ele corre livremente corpo abaixo, lavando a sovaqueira no caminho.

E ainda me perguntam porque é que demoro tanto tempo no duche...

quinta-feira, novembro 04, 2010

Sebastião, o Bonsai com prazo de validade


Há muitos muitos anos atrás, ainda o Claúdio Ramos era casado com uma mulher e 2 pessoas em Portugal acreditavam que ele era heterossexual, eu e o pessoal com quem vivia decidimos que queríamos ter um animal de estimação.


Durante pelo menos 2 semanas, o M. quis comprar um furão. Tínhamos visto um filme qualquer com o Ben Stiller numa noite de bebedeira do sono, em que havia um furão lá pelo meio e ele achou imensa piada. Entretanto alguém nos disse que os furões eram bastante perigosos e que arrancavam olhos com as dentuças, pelo que eu já me imaginava trancado no quarto, agarrado a uma faca à espera da hora em que um furão em fúria me entrasse pela porta para me reclamar o escalpe.



Decidimos então comprar um rato. Decidimos não, o M. chegou a casa com o rato. Ou melhor, a rata. Chamava-se Pringles e era a coisa mais estúpida de que tenho memória. Passava o tempo enfiada na casota e corria na sua rodinha mal oleada durante a noite toda, não deixando ninguém dormir. Mordia as mãos de toda a gente e quando estava com o cio, coisa que parecia que estava a toda a hora, atirava-se violentamente contra a gaiola.



A existência da Pringles não foi feliz e eventualmente acabou graças a um triste acidente de que não há memória (o L. pegou na rata, deixou-a cair no chão, a rata começou a sangrar do nariz, metemo-la novamente na gaiola e fizemos como se não tivesse acontecido nada. No dia a seguir, a Pringles estava morta, para surpresa de toda a gente.)



Resta-me dizer portanto que me ofereceram um Bonsai, para alegria do mundo animal.



Parece que os Bonsais são as coisinhas mais paneleiras que existem no mundo. Tenho de o virar de duas em duas horas para apanhar sol em todas as folhas, regá-lo com a quantidade de água ideal (do Luso), falar com ele todos os dias e dar-lhe um nome.
Ninguém me informou desta trabalheira toda quando mo deram. Agora tenho de organizar a minha vida consoante o ciclo de vida do raio do Bonsai. Ainda por cima não combina em nada com a decoração da sala.



Aliás, lembro-me agora que quando morava com a malta, consegui matar os três bonsais que o M. tinha, através de excesso de fertilizante.



Dou-lhe mais uma semanita de vida.

terça-feira, novembro 02, 2010

Velas ao vento

O meu jantar de despedida da farmácia foi na quarta feira. Por entre choros incontroláveis (das minhas colegas), risadas cavernais (minhas), e eu a degustar o prato mais caro do restaurante, a minha chefe sacou de uma prenda.
Emocionado pego num embrulho.
Será que esta gaja ouviu as minhas lamúrias de dois meses a pedir um iPhone? Ou talvez as minhas indirectas por um iPod de última geração?
O embrulho parece ter exactamente o tamanho certo.
Abro-o devagarinho, lágrimas nos olhos. Se soubesse já me tinha despedido há mais tempo. Amanhã vou passar o dia a mexer no meu novo brinquedo hi-tech.
Mas não. Não é um iPhone. Não é um iPod. Não é sequer nada da Mac.
A prenda é: um CASTIÇAL!
Isso mesmo. Um castiçal.
Meio confuso levanto os olhos da prenda.
O que é isto? - Pergunto eu meio atordoado ainda.
É um castiçal, para pores uma vela. - Responde a mão de vaca.
Oh...-balbucio eu. E continuo a mastigar a picanha, preparado para enfiar com o castiçal nos cornos do primeiro empregado brasileiro que me aparecer na mesa e me perguntar se está tudo bom.
Chego a casa e o D. informa-me logo que aquilo é um castiçal dos chineses, e que eu agora posso é montar um pequeno altar à minha ex-chefe e rezar aos santinhos todos os dias.
Não me dou por vencido. Vou no dia a seguir ao sítio onde me compraram o cagalhão de prenda, ver se a troco nem que seja por um bibelô de um cão a fazer o pino.
Uma vez na loja a empregada informa-me que afinal o castiçal custou...80 Euros!
Após um momento de surpresa, em que rebolo os olhos de contentamento e danço o quebra nozes, saio de lá com um relógio novo no pulso da Fossil.
E nunca, mas nunca mais subestimo castiçais, serviços de mesa ou pratos da Vista Alegre que me possam dar.
Aliás, tenho uma santinha de Fátima aqui em casa que me deram no outro dia. Posso sair da ourivesaria com um Tommy Hilfiger no pulso.