quarta-feira, maio 31, 2006

Como formar uma boys-band

Tão populares em meados dos anos 90, as boys band desapareceram um pouco nos dias de hoje. Vamos trazer de volta esse verdadeiro património, que entretia as nossas namoradas enquanto papávamos a vizinha de baixo.
O Xarope-pa-tosse ensina como:

Passo 1, RECRUTAR OS ELEMENTOS DA BANDA: Chama todos os teus amigos desempregados (isto é, os que foram tirar cursos de letras) e selecciona aqueles que aches mais adequados. Lembra-te que quanto mais pirosos forem os seus nomes, mais sucesso terá a banda. Assim, selecciona todos os Tonis, Zé manéis e Armandos que puderes.

Passo 2 , ESCOLHE UM NOME: Parece que ultimamente o que anda a dar é formar o nome da banda com as iniciais dos nomes de cada elemento. Assim, se a banda for composta por um Tony, Emanuel, Tozé, e Armando, o nome pode ser TETA. Se for um Ruca, Albino, Teotónio e Acácio, pode ser RATA.

Passo 3, ESCOLHE UM PENTEADO: Esquece as idas à Lúcia Piloto (além de caro,é rabeta). O meu conselho é meteres-te numa banheira cheia de água e deixares cair um secador ligado. Como efeitos secundários deste método podes ficar sem braços, ou com queimaduras de terceiro grau em 90% do corpo, mas se sobreviveres vais ficar com um penteado bué da fixe.

Passo 4, FICA EM FORMA: Sempre pensaste que essa barriguinha de cerveja que tens desde os treze anos te confere cáracter perante o nalguedo feminino. Esquece. O máximo que as gajas pensam quando te vêm bambolear as banhocas numa t-shirt uns números abaixo do teu, é que deves enfardar ainda mais cerveja que um quintanista no cortejo da queima. Podes optar por um ginásio (rabeta), mas o método mais rápido é ires até à Couva da Moura e gritares hinos de exultação ao Klux Klux Klan. Terás 500 pretos a correrem atrás de ti, que te irão garantir a perda dessa barriguinha numa única sessão de jogging.

Passo 5, SIMPLIFICA O TEU VOCABULÁRIO: Nunca te esqueças que as tuas fãs terão um QI aproximado ao de uma sardinha. Em vez de dizeres 'Estou-me a sentir bem' diz 'Tá-se'. Em vez de 'Gosto muito das minhas fãs' diz 'Curto Bués as minhas bifas'.

Passo 6, APRENDE A DANÇAR: Chega ao pé de um GNR e diz que lhe comeste a irmã. Depois tenta esquivar-te das balas.

Passo 7, APRENDE A CANTAR E A COMPOR: Já estavas preocupado, não é? Estou a brincar. Não é preciso saberes cantar,nem compor.

Mais uma vez, o Xarope-pa-tosse é um verdadeiro serviço público!

terça-feira, maio 30, 2006

Liberalização das farmácias

Obrigado Sócrates! Obrigado Correia Campos!
Graças a vocês, vou finalmente poder chupar as pensões daquelas velhas caquéticas a quem o Karma deu Alzheimer, Parkinson e outras doenças que tais (elas merecem!). E isto sem ser chamado de pançudo, ladrão ou violador de séniores.
A minha ideia é promover épocas de saldos de medicamentos. Já me estou a ver:

Eu: Tá boazinha dona Gertudes? que tal vai esse Alzheimer?
Dona Gertrudes: Quem? Quem é a dona gertrudes?
Eu: Esqueça. É o habitual não é? Sinvastatina, Ben-u-ron, Aspirina, Beclotaide, Ventilan, Singulair, Clavamox, Bactrim e Urispas.
Dona Gertrudes: Mas, eu só vim cá buscar uma vitamina C.
Eu: Cale-se velha. Eu é que sei. Não se esqueça que você tá meia xoné.
Dona Gertrudes: Sim, tem razão doutor. Levo isso tudo que disse.
Eu (com os olhos a brilhar): Óptimo, óptimo. São 340 Euros.
Dona Gertrudes: Mas a minha pensão é só de 100 Euros!
Eu: Não tem, não leva! Já ouviu falar da Cofidis?

Eu nasci p'ra isto!

pulpfashion

pulpfashion

É um blog de uma amiga. Vale bem a pena!

quinta-feira, maio 25, 2006

Guia de sobrevivência nos balneários

Infelizmente nunca fui grande coisa em desportos colectivos. Veja-se o futebol, por exemplo. Nunca percebi as frases complicadas que os meus colegas me insistiam em gritar durante os jogos: «Seu filho da puta deixa de fumar a merda do cigarro e corre que a bola está mesmo à tua frente», ou « Meu cabrão do caralho, deixa de coçar o cu e cheirar os dedos e defende mas é a merda da baliza».
Tive de me decidir finalmente por um desporto onde não existisse o perigo de ter que realmente interagir com alguém (e também porque depois do último jogo de futebol o pessoal cuspiu-me em cima e pontapeou-me, ainda estou para perceber porquê). Decidi-me pois pela natação. Só que há um grave problema: Balneários. O que fazer quando o gajo que está mesmo à nossa frente fica completamente nu? Olhar para cima? Para baixo? Será que dar uma olhadela de soslaio (só para comparar, CLARO!) é permitido? Durante quanto tempo? Segundos, minutos? A partir de que tempo é que se é oficialmente gay?
Descansem, meus filhos, o Robene está aqui para salvar a vossa masculinidade dúbia e questionável, com o fabuloso guia de sobrevivência nos balneários: gay vs macho!

1. Olhar para o gajo do lado e exclamar com voz nasalada «Meu Deus, nunca vi um bacamarte tão bonito na minha vida!» - GAY

2. Começar qualquer conversa com o gajo do lado que contenha as seguintes palavras/expressões: Brokeback Mountain, design, hemorróidas, vaselina, cocó para dentro, Scissor Sisters, Paulo Portas, levar com ele – GAY

3. Começar qualquer conversa com o gajo do lado que contenha as seguintes palavras/expressões: Tetas, conaça, mundial, tuning, foda, mamas, bicos, Scolari, Mourinho - MACHO

4. Bater com a mão suada no peito, puxar um escarro e comentar com o gajo do lado que o Quaresma devia sair da selecção sub 21 porque é um merdas dum filho dum cigano com uma preta – MACHO

5. Aclarar a voz com um ligeiro tossicar e comentar com o gajo do lado que os brincos do Quaresma são tão giros e que bem que combinam com os cachuchos dele – GAY

6. Conseguir arrotar o hino nacional – MACHO

7. Conseguir bufar «O macaco gosta de banana» do José Cid - GAY

8. Ir para os chuveiros aos pulinhos entoando «It’s raining men» - GAY

9. Levar uns tremoços e umas bejecas para o balneário e começar um torneio de Sueca – MACHO

10. Levar um Sudoku (que como o próprio nome indica é a palavra japonesa para a expressão «levar no cu») – GAY

11. Levar um exemplar de «Arte da Guerra»do Sun Tzu - MACHO

12. Levar um exemplar de «Diário da tua ausência» da Margarida Rebelo Pinto – GAY (e ridículo)

13. Usar desodorizante – GAY

14. Gozar com os panilas que usam desodorizante –MACHO

Não precisam de me agradecer, embora estes 14 pontos tenham levado semanas de intensos estudos científicos. Mais uma vez, o Xarope pa tosse é muito mais que um blog. É um verdadeiro serviço público.

Carapaus

Qual é o problema das corridas de carapaus? É que independentemente de acabar em primeiro ou em último lugar, é-se sempre um carapau de corrida.
Meu Deus, hoje estou com tão pouca inspiração…

Olhó nível!

Tenho recebido algumas queixas de que o meu blog se tem tornado demasiado brejeiro e ordinário. Meus amigos, quando conhecemos uma tipa toda boa, no principio da noite até lhe abrimos a porta do carro e pagamos a conta do restaurante. Mas no final da noite, o que queremos é chamar-lhe cabra e mandá-la chupar.

Só faltava mais esta...

José Carlos Malato cantou o hino nacional do Japão n’A Herança. Um pouco por todo o Japão, a taxa de suicídio cresceu exponencialmente.

Reunião de família

A seguir ao álcool, as reuniões de família são a principal causa de acidentes rodoviários. Qualquer motivo é bom para se faltar a um destes suplícios infernais.
Infelizmente no Domingo passado lá tive de aturar um desses intermináveis almoços de família, visto o meu tio-avô (ainda não percebi muito bem que raio é que é um tio-avô) fazer 90 anos. A minha irmã insistiu em levar um presente. Eu opus-me. O velho tem 90 anos, já é uma sorte lembrar-se de respirar, quanto mais do próprio aniversário. Além disso não deve faltar muito tempo para gastarmos um dinheirão em crisântemos. Finalmente decidimos comprar uma caixa de chocolates. O meu primo decidiu por uma boa garrafa de vinho. Deste modo pode ser que o velho não chegue aos 91.
Segue-se uma descrição cronológica da emocionante tarde:
13:33 Chegámos. Havia para aí uns quinhentos primos, tios e outros que tais para cumprimentar. Começo pelos mais novos, tentando deixar o cheiro a bedum dos mais velhos para o fim. Reparo que a prima Sara (a última vez que a vi, ela tinha para aí uns doze anos) exibe muito orgulhosa as mamas 38 num generoso decote da Bershka. Infelizmente continua a não usar desodorizante. Cumprimenta-me com um caloroso beijo. O hálito é um misto de leite azedo e pastilhas tridente fora de prazo.

13:35 Hora das entradas. Multidão acotovela-se à volta da mesa, trincado avidamente tostas do LIDL com patê e camarões que já perderam a cor. Apanho o tio Amílcar a olhar luxuriosamente para as mamas da prima Sara. Fico um pouco chocado visto ele ser o pai dela.

13:37 Reparo na quantidade enorme de crianças na faixa de idades 2 meses-3 anos. Pelos vistos os meus primos não têm andado a brincar em serviço. Ainda bem que o sangue da família Gaio Santos vai continuar a correr nas veias de pessoas com nomes tão distintos como Toni Filipe e Vânia Vanessa.

14:00 Hora do almoço. Todos se sentam. A comida chega. Impera o silêncio, rasgado apenas por leves sons de mastigação e deglutição. A tia Gracinda insiste em mostrar o conteúdo do seu bolo alimentar a toda a gente, atirando ocasionalmente pequenos pedaços de leitão à Bairrada para os pratos dos vizinhos. Todos têm um ar de verdadeira felicidade.

14:25 O tio João fica bebido. Seguem-se os tios Carlos, Bernardo, António, Zé, Odete, Laurinda, Ortélia, Alberto, Gil, Florinda, Faustina. Todos arrotam alegremente. O meu tio-avô queixa-se que se borrou.

14:30 Hora das sobremesas. Tudo come a bela da salada de fruta e mousse de chocolate. A prima Marta diz que eu devia era ter ido para médico, porque fazia falta um médico na família. Eu digo que o que falta nesta família são fígados novos. Ninguém pareceu perceber a minha piada inteligente. O primo Rui peida-se ruidosamente. Todos se riem.

15:30 Hora de ir embora. Sobrevivi a mais uma reunião de família. Choro de alegria por finalmente ter acabado.

Mexe-te querida

Depois de ter assistido no passado domingo ao programa «Dança Comigo» do canal 1, creia que a célebre frase «Até já vi porcos a andarem de bicicleta» deverá ser mudada para «Até já vi a Odete Santos a dançar Jazz».

segunda-feira, maio 22, 2006

A desculpa perfeita

Não, não estou bêbado.
Só tenho um problema na fala.
E um vírus do estomâgo.
E uma infecção no ouvido interno.

quinta-feira, maio 18, 2006

Como foi a queima...

A queima já passou, e sem dúvida que merece alguns destaques:

1- Para a puta da barraca das cervejas que não me deu nenhuma borla: Quando vieres até à minha farmácia comprar pílulas fica ciente que as vou substituir por laxantes.

2- Para as simpáticas pessoas com quem encetei estimulantes conversas enquanto o meu nível de transaminases estava mais elevado que as do Jorge Palma às sete da manhã: Obrigado por me aturarem.

3- Para o simpático grupo de cotas farmacêuticas que andaram uma noite toda a pagar-me finos: Estavam a tentar engatar-me?

Que rica queima!

Esclarecimento

Em relação ao post anterior: não sou racista, homofóbico ou xenófobo. Simplesmente acho que o humor me iliba de tudo.

A maravilhosa experiência de andar de transporte públicos

Sou estudante em Coimbra, a cidade onde é mais difícil arranjar estacionamento do que encontrar uma francesa que rape os sovacos. Logo, ando bastante de autocarro. Quem anda à procura de emoções fortes tem de experimentar.
Logo que se entra, uma panóplia de odores invade os narizes incautos. Desde perfumes da loja dos trezentos a suor marinado, há de tudo. E é sempre uma emoção ouvir conversas alheias. Eu até já aprendi a falar um bocadinho de crioulo, com a quantidade de palop's que apanham o mesmo autocarro que eu. Por exemplo, 'uga-buga buga-uga, uga uga' significa: dama hoje vou passar pla tua barraca que o bróder tá com fomeca. Já 'buga-buga, uga-buga' significa: hoje não que tenho que ficar a tomar conta dos meus 8 filhos.
Ainda no outro dia apanhei uma conversa deliciosa de um casal de namorados.

Ela: então amorzinho, ontem ficaste em casa?
Ele: Sim, sim, minha panqueca com marmelada. Fui-me deitar logo às dez da noite.
Ela: A sério? nem foste tomar café?
Ele: Não queriduchinha, fui logo para a cama a pensar em ti.

Ainda estou para perceber como é que ela conseguiu sair do autocarro. As portas eram demasiado baixas para tamanho par de cornos.

segunda-feira, maio 01, 2006

Gasparzinho...

Ouvi esta ontem: Qual é a diferença entre o Dino dos morangos com açucar e Gasparzinho o fantasma amigo? É que o Gasparzinho consegue atravessar árvores.