Chegou outro filme adaptado de livros de Nicolas Sparks. Este chama-se: «O sorriso das estrelas».
Isso mesmo: «O sorriso das estrelas».
(momento de pausa, para reflectir um pouco. Este é um título que leva o seu tempo a digerir)
Eu já me imagino, a chegar ao cinema, e a pedir: eu quero um bilhete para «o sorriso das estrelas». Nisto o empregado mete-me de quatro e sodomiza-me com um balde de pipocas (salgadas), enquanto eu tento alcançar a minha pochette cor de rosa, para ligar do meu telemóvel Hello Kitty e pedir ajuda aos bombeiros.
Esta situação é obviamente muito pouco provável (tirando a parte do telemóvel da hello kitty), uma vez que eu sou um gajo que só vai ver o 007 e coisas super intelectuais como «Este país não é para velhos», onde adormeço mal o Javier Bardem aparece com uma merda de matar vacas e eu topo logo o a seca que vai ser outro filme dos irmãos Cohen.
Mas voltando ao Nicolas.
Este gajo é um homem que ganha a vida a enganar as pessoas. Por pessoas leia-se mulheres nos 40's, divorciadas, a tomar prozac e com vibradores em várias cores e feitios.
Nos seus romances (dos quais eu apenas leio a contracapa), há sempre uma pobre mulher infeliz, cornuda e frígida, que subitamente encontra o amor da sua vida, um homossexual recalcado que decide ter filhos. Ai não é bem isto? Leiam lá esta sinopse...
Andrienne Willis é uma mulher forte e [...ligeiramente frígida...], depois de o marido a ter abandonado por uma mulher mais nova [ou seja é cornuda]. Agora, passados mais de quinze anos, a sua filha Amanda precisa desesperadamente da sua ajuda: a morte do marido esta a conduzi-la para o abismo [das drogas pesadas]. Nesse momento, Andrienne resolve contar-lhe o seu mais profundo e íntimo segredo. Tudo acontecera há catorze anos [...blábláblá...] Adrienne, já com quarenta e cinco anos[velha, portanto], ainda não conseguira reconstruir a sua vida. Até que,durante um fim-de-semana,parte para Rodanthe [Roquê?onde?]a fim de tomar conta da estalagem de uma amiga enquanto esta estivesse fora.Uma forte tempestade aproxima-se e Andrienne recebe [...blábláblá...zzz] Paul Flanner, um prestigiado médico de cinquenta e quatro anos, cheio de dúvidas[acerca da sua sexualidade] e problemas de consciência [disfunção eréctil]. E é então que, quando menos espera, nasce um amor que irá para sempre mudar as suas vidas ...
Ok, as partes entre [] foram inclusão minha, mas de certeza que é isto que o Nicolas queria escrever.
Meu Deus, volta Margarida Rebelo Pinto que estás perdoada.
Por favor estúdios de todo o mundo. Não gastem mais dinheiro em «Palavras que nunca te direi» ou «O diário da nossa paixão». Deixem os livros da Susanna Tamaro em lares de terceira idade, que é onde pertencem. Ninguém lê Isabel Allende na verdade. Os livros dela servem só de prenda de Natal para familiares afastados, que por sua vez os oferecem no ano a seguir às empregadas de limpeza.
Por favor. Não obriguem mais namorados incautos a terem de suportar estas sessões de tortura. Parem de adaptar estas coisas ao grande ecrã.
quarta-feira, dezembro 03, 2008
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6 comentários:
Fodasse Robene vira a boca para lá, senão a Margarida_mania_que_é_escritora_ volta e depois temos de lidar com este filminho de merda e outra resma de papeis [dizem que é livro, mas eu não acredito, para mim são palavras soltas numa página branca] desta senhora.
Beijinhos e vai lá ver o filminho com a babe, pode ser que ela te recompense depois lol.
...ah... bem...então é assim...como é que era?porra, perdi-me depois de ler "empadas de galinha"!tenho que ir a portugal rapidamente....:)
ji
Então Robene, mas estes livros e principalmente filmes (que ninguém tem pachorra de ler essa merda) são essenciais para o desenvolvimento da nossa sociedade: pois que seriam das quarentonas divorciadas sem uma réstia de esperança? E que seria dos solteirões que andam ao cheiro, se não pudessem levar as jovens inexperientes à crise emocional e choradeira (inevitável depois do filme) e consequente hora de sexo carente? Ah?
Genial! Confesso que fui ver o Diário da Nossa Paixão ao cinema. À saída era só ver as jovens em prantos nos braços dos respectivos namorados de tão emocionadas que estavam. Os namorados, esses tinham cara de frete...
Muito bom post :)
Odeio Nicolas Sparks.
Beijinho =)
Ah, e esqueci-me de dizer que também não gosto da Margarida nem da Susanna Tamaro, mas da Isabel Allende li o "Inés da minha alma" e gostei...
lol
(e por favor queimem todos os "Diário(s) da nossa paixão" e todas "As palavras que nunca te direi" porque até tentei ler [se não nem podia criticar...] e não consegui, não consegui mesmo).
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