A última vez que fui ao Sudoeste foi há 4 anos. Era daqueles que ia para os concertos cedíssimo, guardar lugar, não me mexia dali por nada, tinha um teaser de choques para quem ousasse meter o pézinho no meu território e ofuscar-me a vista do palco (basicamente qualquer um com mais de 1,70m). Via as bandas todas, mesmo as que não me interessavam.E como eu haviam aos milhares.
Chego este ano ao recinto de campismo e reparo que agora não só há cartazes com o nome do sítio de onde as pessoam vêm, há também cartazes com o nome das pessoas. Havia o Hélder, a Carina e a Andreia de Oeiras. Haviam os Cães de loiça não sei de onde, que levaram cartazes que andaram a a espalhar por todo o lado, e que, fazendo jus ao nome, circulavam com uns cães de loiça debaixo do braço por todo o lado.
Havia um cabrão com um megafone, que simplesmente não dormia e que passou o tempo todo aos berros. Adcicionalmente o megafone também reproduzia músicas, nomeadamente o My heart will go On da Celine Dion, que juro por Deus, repetia de 5 em 5 minutos.
Haviam miúdas que se borravam em base antes de irem para os concertos.
E ninguém tem nome próprio. Hoje em dia toda a gente se trata por alcunhas buédafixes como Ervilha, Sete ou Avarias.
E enquanto a Bjork entrava em palco e dava um concerto do caralho, o pessoal preferia andar na roda gigante, cantar Karaoke não sei onde e saltar num trampolim para ganhar guitarras de plástico. Ah, e beber. Aparentemente há miúdas de 16 anos que aguentam mais vodka do que o Boris Yeltsin em tempo de eleições.
Por mim, é na boa. Nunca tive tanto espaço nos concertos. Mas confesso que me senti um bocado idiota, quando me apercebi que era o único à minha volta que berrava a letra da Hyperballad de cor.
terça-feira, agosto 12, 2008
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1 comentário:
Amigo,
E telefonaste-me tu, a perguntar se por um acaso eu estaria no Sudoeste.
Eu não quero manchar as boas recordações que lá tivémos!
A Imigrante*
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